Pesquisa personalizada

domingo, 27 de novembro de 2011

RIO VERMELHO DEVE GANHAR HOTEL DA ODEBRECHT

Sara Barnuevo
Como adiantado com exclusividade, em fevereiro deste ano, pelo Gente&Mercado, o boêmio bairro do Rio Vermelho, em Salvador, é o próximo alvo da O’R, braço imobiliário do Grupo Odebrecht. A empresa planeja erguer três a quatro torres, com possibilidade de uma delas abrigar um hotel.
O projeto está previsto para uma área superior a 17 mil metros quadrados, em frente ao mar, onde funcionou, por muitos anos, a Maternidade Anita Costa. O lançamento deve acontecer no próximo ano, adianta Eduardo Pedreira Franco, diretor de Incorporação Imobiliária da O`R.
“Nossa preocupação não é a velocidade de fazer lançamentos. Queremos fazer ferraris e isso demora”, diz o executivo, acrescentando que o grupo está estudando outras áreas na capital baiana para futuros projetos. A Garibaldi está na mira.
A Odebrecht também decidiu arregaçar as mangas e está trabalhando junto à Previ na reestruturação de Costa de Sauipe, empreendimento que integra o segundo maior complexo hoteleiro das Américas, atrás apenas do México. Os projetos para a área estão bastante adiantados e devem ser apresentados até o segundo semestre de 2012. “A intenção é repensar o desenvolvimento do destino”, frisa Franklin Mira, da Odebrecht e responsável pela incorporação de Sauipe.
A intenção é trabalhar para trazer o mercado nacional e internacional com toda força. A Odebrecht, que é dona de uma área de 13 milhões de metros quadrados em torno do complexo, também analisa lançamento de novos produtos levando em consideração a situação do mercado atual. Isso quer dizer que não há intenção de construir novos condomínios de casas, mas não estão descartados projetos de apartamentos e lotes residenciais.

PETROBRAS VAI CONSTRUIR EMPREENDIMENTO DE 22 ANDARES EM SALVADOR

Sara Barnuevo
A Petrobras inicia ainda este mês a construção de um novo prédio numa área de 48,4 mil metros quadrados junto à sede principal da empresa, no Itaigara. Este será o primeiro empreendimento empresarial verde de grande porte na Bahia, com Certificação Leed Green Building Rating Systems.
O novo prédio terá 22 pavimentos, com 22 elevadores inteligentes e mais de 2,6 mil vagas de garagem, além de heliponto. A fachada contará com material de isolamento térmico e acústico, com aproveitamento da luz natural. As obras, que serão tocadas por uma empresa do Grupo OAS, vão durar 36 meses e a expectativa é que o novo prédio, que tem capacidade para acomodar 6,5 mil trabalhadores, centralize as atividades da empresa em Salvador. Atualmente, a Petrobras aluga diversos escritórios em prédios no Itaigara. A empresa não divulgou o investimento no projeto.

OAS PREPARA LANÇAMENTO DE PROJETO NO BAHIANO DE TÊNIS

Sara Barnuevo 
Depois de quase quatro anos sem definição, a novela envolvendo o terreno do antigo Bahiano de Tênis, na Graça, parece que chega ao fim. A OAS/Gafisa, que ganhou a disputa pelos mais de 5 mil metros quadrados do clube, deve lançar no mercado, até o primeiro trimestre de 2012, o projeto para a área.
Sabe-se que mais de 15 estudos foram realizados nesse período pelo escritório do arquiteto Antonio Caramelo, responsável pelo projeto, mas tudo indica que o martelo foi batido. Se assim for, a Delicatessem Perini, que arrenda uma área do clube, terá como vizinhos dois prédios residenciais, com mais de 30 pavimentos. O projeto não inclui lojas ou escritórios, como se divulgou no início.
Atolado em uma dívida superior a R$ 10 milhões, o mais tradicional clube de Salvador se viu obrigado a vender parte dos seus 27 mil metros quadrados para tentar sanar a crise.

Como fazer da compra do imóvel um ótimo negócio

Comprador deve pensar no imóvel como retaguarda financeira, ensina a avaliadora Consul Patrimonial
São Paulo – Antes de adquirir um imóvel, o comprador deve pensar para além do sonho de ter a casa própria. O futuro do bem adquirido pode ter diferentes desenhos, como ser utilizado na garantia do empréstimo para reformá-lo; ou ser vendido, para a compra de outro.
Quem compra imóvel para morar, fará o melhor negócio espelhando-se nas atitudes de quem adquire propriedades para investir. Estes avaliam a oportunidade de compra sob vários aspectos de mercado, a exemplo de localização, infraestrutura urbana, facilidades de locomoção, fatores que pesam na valorização do imóvel.
A valorização é importante para o investidor, tanto quanto o é a quem compra para morar. O mesmo raciocínio vale para o imóvel comercial ou industrial – que, eventualmente, poderá garantir crédito para ampliações.
Com a experiência de quem avalia imóveis em todas as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, e conta entre seus clientes os maiores bancos do país, a Consul Patrimonial aborda a questão da valorização imobiliária reforçando que o bom negócio imobiliário deve atender a razão, além do sonho.
“Tanto o comprador que pretende realizar o sonho da casa própria, quanto a empresa que precisa de crédito para crescer precisam avaliar o imóvel que darão em garantia para aumentar as chances de aprovação e o tempo de liberação dos recursos”, pondera Vinicius de Oliveira Neto, diretor executivo da Consul Patrimonial.
“Quanto maior a liquidez, maior a garantia do banco de que o imóvel será vendido rapidamente, caso haja inadimplência. Por isso, uma pessoa física que deseja adquirir um bem, ou um empresário que precisa captar recursos, deve escolher corretamente o imóvel garantidor, antes de chegar ao banco”, explica o executivo.
Marcus Vinicius diz que, em muitas instituições financeiras, o valor do bem precisa ser entre 1,3 a duas vezes o valor do empréstimo solicitado. Porém, não é o proprietário quem diz quanto vale o imóvel, mas sim, um laudo técnico de avaliação imobiliária realizado por empresa credenciada junto ao banco. Os imóveis podem ser casas, apartamentos, terrenos, fazendas, galpões ou unidades comerciais.
O mercado imobiliário
O volume de crédito no sistema financeiro brasileiro, que em junho de 2010 totalizou R$ 1,53 trilhão e representou uma relação crédito/PIB de 44,6%, passou a R$ 1,83 trilhão em junho de 2011. No financiamento à pessoa física, destaca-se o crédito direcionado, com aumento de 33,8% em 12 meses, relacionado, principalmente, ao financiamento imobiliário.
De acordo com a Consul, o crédito imobiliário no Brasil representa hoje aproximadamente 4% do PIB brasileiro, diferente dos Estados Unidos e Inglaterra, onde esta modalidade atinge 70%. A empresa acredita que este número aumentará bastante até 2015.
“Avaliando o atual crescimento, cenário interno favorável e a demanda esperamos que as previsões do governo, da Caixa Econômica e dos demais bancos superem a premissa de que em 2015 o Brasil poderá estar com uma relação Crédito Imobiliário/PIB de 10%”, estima o diretor da Consul Patrimonial, Marcus Vinicius de Oliveira Neto.
Para o executivo, “o grande trunfo da concessão de crédito chama-se imóvel, a garantia de que a instituição financeira não receberá um calote”. Portanto, antes de comprar, é de bom tamanho chegar a um imóvel que faça bonito num mercado que não está para brincadeiras.
Fonte: Portal Exame

Bahia é eleita 12º destino turístico imperdível no mundo

A Bahia foi eleita pelo Portal Terra Networks Brasil S. A. (www.terra.com.br) como um dos 50 destinos turísticos mundiais imperdíveis para se visitar em 2012. A lista foi divulgada esta semana na seção de turismo do site.
O Estado apareceu como o segundo destino brasileiro mais bem colocado, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (8ª posição), e superando o Pantanal (31ª) e Fernando de Noronha (34ª). Já na lista mundial, liderada pela Jordânia, a Bahia foi colocada na 12ª posição, à frente de destinos como Paris (14ª), Las Vegas (20ª) e até Nova York (28ª).
A Bahia é descrita pelo site como tendo “uma alegria que contagia cada um de seus numerosos visitantes, sejam eles brasileiros ou estrangeiros”. O Pelourinho e o Elevador Lacerda, ambos localizados em Salvador, são destacados como ambientes “diferentes” e “únicos” e citam Trancoso e Itacaré como dois belos exemplos de praias para descanso e lazer

Setor Imobiliário baiano sugere implantação IPTU Verde

Representantes do Mercado Imobiliário baiano apresentaram às Prefeituras de Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas, na última quarta-feira (23), a implantação do IPTU Verde. Cidades como Belo Horizonte, São Paulo, Guarulhos e Sorocaba já aderiram a essas medidas sustentáveis.
A proposta sugere que os proprietários de imóveis que tenham sido planejados e construidos de acordo com procedimentos sustentáveis, possam receber descontos de até 20% na cobrança do imposto municipal. Esta foi apresentada durante o lançamento dos guias de consumo consciente e de sustentabilidade para clientes e empresas do mercado imobiliário pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (ADEMI-BA).
O IPTU Verde baseia-se em conceder benefícios fiscais às pessoas que aderirem a critérios como arborização, que usem sistema de captação de água de chuva, sistema de reuso de água, sistema de aquecimento hidráulico solar, construções com materiais sustentáveis, utilização de energia passiva e utilização de energia eólica, telhado verde e separação de resíduos sólidos.
A tentativa de criar o IPTU Verde para a região metropolitana de Salvador é defendida para servir como um estímulo, para que os futuros clientes e as empresas apostem em empreendimentos ambientalmente responsáveis

Imóvel comprado nos EUA se complica na hora da herança

Por Redação BNI
A valorização do real e os preços baixos dos imóveis nos Estados Unidos têm levado os brasileiros a comprarem uma casa ou apartamento naquele país. O destino mais procurado é a Flórida, com preferência sobre Miami e Miami Beach. O problema é que muitos estão adquirindo imóveis no exterior sem avaliar a parte fiscal - tanto americana quanto brasileira.
Os números mostram que os brasileiros estão entre os maiores compradores estrangeiros de imóveis na Flórida, atrás apenas dos canadenses. Dados da Associação Nacional dos Corretores (NAR) revelam que os brasileiros representavam em agosto deste ano 8% dos adquirentes internacionais na região. Só para se ter ideia, no ano passado, a fatia era de 3%. E, segundo a NAR, calcula-se que 55% a 60% dos imóveis em Miami sejam vendidos hoje para estrangeiros, principalmente do Brasil.
Há aqueles, inclusive, que optam por vender suas casas de veraneio no Brasil e buscar outras em Miami. “Mas poucos tomam conhecimento de que, conforme a legislação americana, o imposto na transferência de um imóvel para um herdeiro pode atingir até 47% do valor de mercado dele”, alerta Aloysio Vasconcellos, presidente da Westchester Financial Group, consultoria americana que atua nas áreas de proteção de ativos, planejamento sucessório e tributário internacional. E o pior: esse imposto de sucessão deve subir para até 55% em 2013.
Por isso, vários brasileiros têm procurado realizar a aquisição em nome de uma pessoa jurídica. O interessado abre uma empresa no exterior - de preferência num paraíso fiscal, porque é mais barato - e, em seguida, monta uma companhia nos Estados Unidos. E é essa empresa americana que comprará o imóvel. “Como uma empresa não morre, não há imposto sobre sucessão”, explica Samir Choaib, sócio do escritório Choaib Paiva e Justo Advogados.
“Mas isso quer dizer que a abertura de uma empresa no exterior para a aquisição do imóvel é sempre o mais indicado? Não necessariamente”, ressalta o advogado. Se o objetivo da pessoa é comprar o imóvel para obter ganhos no curto prazo, ou seja, revender em seguida a um preço maior, a aquisição como pessoa física é mais recomendada.
Isso porque o imposto sobre ganhos de capital nos Estados Unidos é, em geral, de 15%, valor que pode ser compensado aqui no Brasil. "Mas, caso essa seja a opção, a pessoa deve se precaver fazendo um seguro de vida no exterior para o herdeiro pagar o imposto de sucessão caso ocorra um acidente fatal com o proprietário do imóvel", diz Choaib.
E como fica na hora de fazer a declaração de imposto de renda (IR)? Por exemplo: a pessoa física compra um imóvel no valor de US$ 1 milhão e, naquele dia, o dólar estava a R$ 1,80. Deve-se, então, colocar na declaração o imóvel adquirido no valor de R$ 1,8 milhão, o que representa US$ 1 milhão. "E não se deve alterar mais; se a pessoa ficar cinco anos com o imóvel, ela vai repetir essa informação no imposto de renda durante cinco anos", diz Choaib. "Quando ela vender o imóvel, deverá recolher 15% de IR nos Estados Unidos e no Brasil também, mas, em virtude de acordo de compensação, ela não pagará mais nada aqui".
Já para os brasileiros que não pretendem vender o imóvel tão cedo, querem deixar para os filhos ou mesmo têm a intenção de alugá-lo, o mais indicado realmente é fazer a aquisição via pessoa jurídica. Nesse caso, o contribuinte deve declarar apenas a empresa que possui na hora de fazer a declaração do imposto de renda. Se, mais tarde, a casa for vendida, o IR pago nos EUA sobre ganho de capital será de 15% a 35%, dependendo do tipo societário da empresa americana.
Se uma casa de R$ 1,8 milhão for vendida mais tarde por R$ 2,8 milhões, ou seja, com ganho de capital de R$ 1 milhão, a empresa americana investidora terá de pagar o imposto nos Estados Unidos. Se a alíquota for de 15%, será o equivalente a R$ 150 mil. Na hora de trazer de volta para o Brasil os R$ 850 mil restantes (R$ 1 milhão - R$ 150 mil) e passar os recursos para a pessoa física, será preciso pagar 27,5% de IR aqui via carnê-leão. (com informações de Valor Econômico)

domingo, 20 de novembro de 2011

O senhor do luxo

Com uma estratégia voltada aos clientes de altíssima renda, o empresário José Auriemo Neto fez da JHSF a empresa que mais se valorizou no setor de construção em 2011
Por Ralphe MANZONI JR. e Carlos Eduardo VALIM
Quando se mudar com sua mulher, Mariana, e seus três filhos, em 2012, para o edifício Tuias, no Parque Cidade Jardim, um audacioso empreendimento que engloba nove torres residenciais, três prédios comerciais e um shopping center repleto de grifes internacionais de luxo, o empresário paulista José Auriemo Neto, 35 anos, não demorará mais do que dez minutos para percorrer o caminho entre sua casa e o escritório, localizado no 26º andar de um dos edifícios comerciais do complexo. Isso não significa que Zeco, como é mais conhecido o presidente do grupo JHSF, ficará encastelado no seu palácio às margens do rio Pinheiros, em São Paulo. Até porque, ele gosta de gastar, literalmente, sola de sapato. Recentemente, Auriemo deixou uma reunião no centro e pegou o metrô para conhecer a recém-inaugurada linha 4. “Temos de viver as cidades em que atuamos, saber o que está acontecendo, as tendências e o que as pessoas estão pensando”, diz Auriemo. Nos fins de semana, ele pega o carro ou o helicóptero e sai pela capital em busca de bons terrenos para construir os seus empreendimentos. “Essa é a nossa matéria-prima”, afirma. Quando não está atrás de espaços para erguer seus negócios, ele pode ser visto entregando as chaves para os lojistas do shopping que está construindo em Salvador, na Bahia, ou em um torneio hípico na Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, no interior de São Paulo, promovido pela JHSF para atrair mais clientes endinheirados aos seus projetos. 
José Auriemo Neto: "Temos de viver as cidades em que atuamos,
saber o que está acontecendo e o que as pessoas estão pensando"
Em São Paulo, ele costuma chegar cedo ao escritório, por volta das 8h15. Só sai de lá depois das 21 horas. Para ele, trabalho e lazer são palavras que se confundem em seu dia a dia. Tanto esforço assim parece estar sendo recompensado. No dia 11 de novembro, a JHSF, que atua no ramo de incorporação, shopping centers, prédios residenciais e comerciais e hotéis com a marca Fasano, apresentou os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2011. Os números impressionam. A receita bruta chegou a R$ 703,2 milhões nos nove primeiros meses deste ano, alta de 56% ante o mesmo período do ano passado. O lucro líquido teve um salto de 253%, atingindo R$ 170,6 milhões no acumulado dos três trimestres. A geração de caixa triplicou, chegando a R$ 231,8 milhões. Essas não são as únicas boas notícias para Auriemo. Entre as ações das companhias do mercado imobiliário, listadas na Bovespa, as da JHSF são as que mais se valorizaram em 2011. Até o dia 16 de novembro, haviam acumulado alta de 30,3%.
No mesmo período, o Ibovespa caiu 15,5%. Mais: de 19 companhias abertas do setor, apenas três estavam se valorizando neste ano. As demais amargavam quedas expressivas, como a Brookfield (- 28,5%), MRV (- 28%), PDG (- 28,1%) e Gafisa (- 52,4%). “A JHSF surpreendeu positivamente, principalmente por conseguir ampliar sua rentabilidade, que já se encontrava em patamares consideravelmente elevados para o setor”, diz Wesley Pereira Bernabé, analista da BB Investimentos.Por trás do desempenho da JHSF está a aposta em um segmento que vem passando ao largo da crise financeira global: o mercado de luxo. Os números fundamentam essa estratégia. Em 2011, o mercado de artigos de luxo deve faturar R$ 20,9 bilhões no Brasil, segundo pesquisa realizada pelas consultorias MCF e GfK. Trata-se de um crescimento de 38% sobre o ano anterior. O número de brasileiros com mais de US$ 1 milhão para investir chegou a 155 mil em 2010, de acordo com a Merrill Lynch e a Capgemini. Em 2005, eram 109 mil. Detalhe importante: desse universo, 85% têm mais de US$ 30 milhões para gastar. Estudo elaborado pela Real Capital Analytics (RCA), empresa de Nova York especializada no mercado imobiliário mundial, mostra que o setor atingiu, no Brasil, o volume recorde de investimentos estrangeiros em grandes propriedades: US$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre de 2011. 
Só entraram nessa conta prédios comerciais e imóveis residenciais com preços acima de US$ 10 milhões. “O Brasil é claramente um destaque no mercado imobiliário global”, disse à DINHEIRO Dan Fasulo, diretor-geral da RCA. Não bastasse esse bom desempenho do mercado de luxo, o segmento imobiliá­rio de altíssima renda conta com características próprias que favorecem a JHSF, em comparação com os seus rivais de construção civil apoiados na expansão dos financiamentos e do aumento do poder aquisitivo da classe C. Um desses fatores é a oferta de crédito. Em uma situação de redução do ritmo de crescimento, como a atual, o financiamento começa a minguar e as regras de concessão de empréstimos ficam mais rígidas. Os clientes de Auriemo, ao contrário, não dependem do mercado financeiro para investir nos empreendimentos da JHSF. No complexo Cidade Jardim, por exemplo, a quantidade de financiamentos foi inferior a 6% do valor total de vendas. Em novos projetos, como os prédios residenciais Vitra e Praça Vila Nova, ambos em São Paulo, e a Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz (SP), não houve dinheiro dos bancos envolvidos. “Não estou sujeito ao humor bancário”, afirma Auriemo, que financia diretamente seus clientes milionários – cuja identidade é guardada em segredo – em prazos que não ultrapassam os 36 meses. 

Outro fator que colabora com a estratégia da JHSF são os ventos desfavoráveis da economia mundial, o que faz os investidores buscar ativos mais seguros. “A classe A voltou a investir em imóveis como reserva de valor no médio e longo prazo”, diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, sindicato da habitação. Para capturar os milionários brasileiros, Auriemo segue também uma fórmula aparentemente simples: localização excelente dos empreendimentos e arquitetos e designers de renome mundial. O complexo Parque Cidade Jardim ilustra bem essa filosofia. Construído ao lado da Marginal do Rio Pinheiros, era um local improvável para um empreendimento luxuoso. Até seu pai, Fábio Auriemo, achou inicialmente a ideia absurda. Mas desde o lançamento, em 2006, o metro quadrado dos prédios residenciais valorizou-se 179%. Outro exemplo é o recém-lançado Vitra, residencial com 14 apartamentos com unidades de 565 até 1.145 metros de área. O prédio foi projetado pelo premiado arquiteto polonês, naturalizado americano, Daniel Libeskind, responsável pelo plano de revitalização do ground zero, local onde estavam as Torres Gêmeas, em Manhattan, destruídas no 11 de Setembro. “O Vitra criará um novo ícone para a cidade de São Paulo”, afirmou Libeskind à DINHEIRO. 

Auriemo é, desde 2007, sócio majoritário dos hotéis Fasano, que cada vez mais fazem parte das incorporações da JHSF. “É uma tendência as incorporadoras terem marcas hoteleiras”, afirma o restaurateur Rogério Fasano e idealizador da rede de hotéis que leva seu sobrenome e atual dono de uma participação minoritária. Esses ingredientes, isoladamente, não bastam para cativar o cliente de alta renda. É preciso gastar muita energia para conquistá-los. Auriemo chega a se envolver pessoalmente em muitas vendas. Quando necessário, aluga jatos executivos para levar os interessados até Punta del Este, no Uruguai, onde está localizado o empreendimento Las Piedras. O fato de circular nas rodas da alta sociedade e de participar, com frequência, de festas de potenciais clientes, facilita o seu trabalho de caça aos donos do tesouro. Ele próprio chega a organizar eventos, como o almoço em homenagem à bilionária Camilla Al-Fayed, irmã de Dodi Al-Fayed, o último namorado da princesa Diana, no começo de novembro, em São Paulo. 

Em outubro deste ano, a JHSF organizou também a Copa Hermès de Hipismo, a primeira realizada fora da França, que levou um público altamente qualificado e endinheirado à Fazenda Boa Vista. “Isso alavanca muito o conceito do empreendimento”, afirma Fernando Machado, diretor comercial da JHSF. “Não vendemos apenas metro quadrado.” Apesar de todo o glamour, Auriemo é bastante cauteloso e pé no chão. Antes de se lançar em um novo negócio, ele estuda cada detalhe. “Zeco costuma dizer que é preciso fazer conta de padaria”, diz Richard Barczinski, membro do conselho de administração da JHSF e que gerencia as marcas Hermès, Jimmy Choo e Pucci no Brasil. O rigor com o controle dos custos levou a JHSF a voltar à área de construção em 2008. Atualmente, 60% das obras são tocadas por sua própria equipe. O restante é terceirizado. Mas, nesse caso, há um contrato de risco. Se ocorrer atraso, quem arca com o prejuízo é a empresa contratada. É essa receita que Auriemo espera aperfeiçoar com os seus novos empreendimentos. Na semana passada, a JHSF anunciou o lançamento do Cidade Jardim Shops, um shop­ping de dimensões mais compactas que abrigará marcas como Hermès, Pucci, Jimmy Choo, Carolina Herrera e Salvatore Ferragamo, queridinhas do clube dos milionários. 

A doceria parisiense Ladurée, que fornecia ao imperador Napoleão III, também se instalará por lá. Ele será localizado no terreno do antigo restaurante Fasano, na região da Oscar Freire, rua que reúne uma das maiores concentrações de lojas de luxo de São Paulo por metro quadrado, e terá ligação com o vizinho Hotel Fasano. Com investimento estimado em R$ 80 milhões, o shopping tem previsão de inauguração no primeiro semestre de 2013. A tacada mais ambiciosa da JHSF, no entanto, é a construção de uma minicidade a 60 quilômetros de São Paulo. Batizado de Catarina, o projeto baseia-se no conceito americano de criar cidades em volta de metrópoles e contará com residências, centro empresarial, ponta de estoque com marcas de luxo, universidades e até uma pista de pouso para jatos executivos. A JHSF também pretende reforçar sua presença na área de shoppings e escritórios para locação, com mais três empreendimentos, que deverão ser entregues em 2012: o Shopping Metrô Tucuruvi, em São Paulo, o Shopping Horto Bela Vista, em Salvador, e o Shopping Ponta Negra, em Manaus. O Parque Cidade Jardim também será ampliado. 

Até 2015, essa área deve produzir uma geração de caixa superior a R$ 400 milhões. Será um salto e tanto. Nos nove primeiros meses de 2011, os shoppings e a locações comerciais produziram uma receita bruta de R$ 48,7 milhões contra R$ 608,1 milhões das incorporações. A concorrência nessa área, porém, é cada vez mais acirrada. “Há demanda dos clientes por shoppings de luxo, mas já não há tanto espaço para novos empreendimentos”, diz Carlos Ferreirinha, presidente da consultoria MCF, especializada no mercado de luxo. Em São Paulo, por exemplo, próximo ao Parque Cidade Jardim, está sendo construído o Shopping JK, do rival Iguatemi, da família Jereissati. Caberá a Auriemo manter a tradição de quase 40 anos de sua família na área do luxo. A JHS foi fundada em 1972 por Fábio e seu irmão José Roberto. Em 1991, eles se desentenderam e cria­­ram duas empre­­­sas: a JHSF (o F é de Fábio) e a JHSJ.
Auriemo deu mostras desde cedo que tinha pressa. Aos nove meses, começou a andar. Com dois anos, já pedalava bicicletas sem as rodinhas de apoio. Com nove anos, aprendeu a dirigir. Na adolescência, começou a montar a cavalos. Nessa época, já acompanhava o pai em reuniões. Cursou engenharia na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) e depois se transferiu para a Faculdade de Engenharia São Paulo. Abandonou o curso no quarto ano e não o concluiu. Com 17 anos, começou a trabalhar na incorporadora na área de serviços. Dez anos depois, assumia a presidência do grupo. “Foi um processo planejado e cuidadoso”, afirma Auriemo. Aos 35 anos, é o mais jovem da cúpula da empresa, cuja média de idade na diretoria-executiva é superior a 50 anos. A pouca idade desaparece de cena pela desenvoltura com que discute assuntos de negócios. “Tenho a vantagem de ser jovem em uma empresa antiga”, diz ele. “Essa é uma boa equação.”

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Qual é o melhor investimento? Imóveis residenciais ou comerciais?

12/05/2011 em Investimentos, Mercado
Há alguns anos, entrar no mercado de locação de imóveis comerciais era umas das piores estratégias para investidores. Mas o cenário mudou. A economia vai bem, os juros estão menores e as empresas têm feito fila para locar os espaços mais cobiçados. No entanto, as incógnitas sobre as vantagens da locação de imóveis comerciais em relação aos residenciais ainda persistem enquanto as diferenças de mercado entre as regiões dificultam a elaboração de uma resposta padrão para esse tipo de negócio.
A estratégia para resolver o dilema é recorrer a uma equação básica para as decisões de todo investidor. “As melhores oportunidades de investimento são resultado da interação entre as melhores condições de segurança, rentabilidade e liquidez”, afirma André Rosa, consultora de investimento e imobiliária.
Geralmente, quando a variável em questão é rentabilidade, a locação de imóveis comerciais dispara na frente. Em média, os rendimentos na cidade de São Paulo, segundo Daniel Nader, diretor de investimentos da Cushman & Wakefield, variam de 0,8% a 1,1% sobre o preço do imóvel. A receita dos aluguéis residenciais, por sua vez, alcança o percentual de 0,6%. Essa diferença, contudo, muda conforme a área de localização do imóvel. É possível que, em algumas regiões, seja mais rentável optar por investimentos em propriedades residenciais.
O perfil do locador dos dois tipos também deve pesar na decisão. “Quando você aluga para empresas, as garantias de crédito são de melhor qualidade”, afirma Nader. Além disso, os contratos são firmados com uma duração bastante superior aos dos imóveis residenciais. Enquanto nas residências, a locação dura, em média, dois anos, nos empreendimentos comerciais, esse período varia de 5 a 10 anos. “O inquilino comercial dificilmente vai querer perder aquele ponto. No caso das residências, o perfil das famílias muda muito com o tempo e isso influência no tipo de imóvel escolhido para morar”, diz.
Ao mesmo tempo, as facilidades de financiamento e a expansão do mercado imobiliário no país têm levado muitos brasileiros a se livrar do aluguel e conquistar a casa própria. Já no mercado de imóveis comerciais, o movimento é oposto. As empresas estão deixando a cultura de ter sede própria e migrando para o sistema de locação. “No passado, as companhias investiam em imóvel próprio porque não havia oportunidades interessantes no mercado. Hoje, isso deixou de ser vantajoso”, afirma Nader.
Por isso, as operações de sale and lease back, por exemplo, têm se tornado corriqueiras no Brasil. Neste sistema, as empresas vendem suas propriedades para depois alugá-las elas mesmas. “Além de proporcionar giro de capital, o aluguel pode garantir descontos nos tributos cobrados das companhias”, diz o diretor de investimentos da Cushman Camp Wakefield.
Outra estratégia que tem caído no gosto do mercado imobiliário são as operações de built to suit, pelas quais os investidores constroem imóveis sob medida para as companhias e depois locam por contratos que se estendem por períodos que podem variar entre 10 e 20 anos. Segundo Rosa, da Jones Lang LaSalle, esta estratégia traz menos riscos para o investidor que decide construir o imóvel. Mas, por outro lado, a operação pode limitar a rentabilidade da locação com o tempo. Isso porque até o imóvel ficar pronto, a região pode se valorizar acima do valor estabelecido em contrato antes da construção.
Fonte: Revista Exame

sábado, 12 de novembro de 2011

Preço do m² tem menor alta no ano e 'facilita' compra

O mês de outubro trouxe certo alívio para os consumidores que estão à procura de apartamento em sete das principais capitais brasileiras.
O preço médio do metro quadrado desse tipo de imóvel subiu 1,6%, a menor taxa do ano, confirmando a trajetória de desaceleração observada desde abril, segundo o Índice FipeZap, que é feito com base nos imóveis anunciados no portal Zap Imóveis.
Tradicionalmente, explica Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice, a tendência é de arrefecimento entre abril e outubro.
"Mas nós temos de esperar o próximo resultado para cravar se haverá aceleração ou desaceleração", ressalta.
No acumulado de 12 meses, os imóveis registram valorização de 28,8% na média das sete capitais; no Rio, que tem a maior alta, o aumento é de 39,8%. Em São Paulo há avanço de 28,6%; em Brasília, de 17,5%.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BANCO DO BRASIL VAI FINANCIAR IMÓVEL NA PLANTA PARA PESSOAS FÍSICAS


O Banco do Brasil vai começar a financiar a compra de imóveis na planta ou em fase de construção para pessoas físicas. Em entrevista à Agência Estado, o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Paulo Rogério Caffarelli, disse que esse é mais um passo na estratégia do banco de crescer no crédito imobiliário.
A projeção é de que a carteira total do segmento aumente 120% este ano, fechando dezembro em R$ 7,5 bilhões. Até agora, o banco público só fazia o financiamento habitacional de operações tradicionais, como compra de imóveis novos e usados e financiamento a construtoras e incorporadoras. Nas novas linhas, o próprio BB vai liberar o crédito para as pessoas físicas no momento da compra do imóvel na planta. Segundo Caffarelli, o mais comum eram as construtoras financiarem essas operações, o que comprometia seus limites de crédito para a construção.
Mas as novas linhas de crédito só serão destinadas à aquisição de empreendimentos que tiverem suas construções financiadas pelo BB. O banco tem programas de financiamento para as 16 maiores construtoras do País. Caffarelli destaca que o BB também tem procurado estreitar os laços com construtoras de menor porte. Cerca de 2,5 mil delas são correntistas do BB, das quais 800 já possuem limite de crédito.
O financiamento na planta também está disponível para empreendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. A previsão do banco é de que sejam financiadas 37 mil unidades habitacionais no âmbito do programa até o fim deste ano.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Excelente opção de investimento

Hotel Quality no Horto Bela Vista em frente ao Shopping Bela Vista.

ü  244 unidades
ü  Centro de Convenções
ü  Bandeira Internacional - Atlântica - Hotel Quality
ü  Apartamentos com 28m² e 32m²
ü  Ofertar com excelente valor m² : R$ 7.500,00
ü  Poupança 50% e 50% após as chaves
ü  Prazo total para pagamento 144 meses, financiamento diretamente com incorporador
ü  Entrega em Março de 2014 

Valor Unidade : R$ 198.000,00 para as unidades de 26,50m²

Podendo ser financiado direto com a construtora 50% de poupança e 50%  pós chaves.

Vantagens deste  investimento:
ü  Valorização constante do imovél
ü  Sinergia de produtos
ü  Enorme volume em turismo de negócios
ü  Os investimentos previstos em mobilidade e acessibilidade urbana para copa de 2014, irá aquecer ainda mais a demanda hoteleira local
ü  Necessidade de modernização da hotelaria local e qualificação dos profissionais. A rede que vai administrar o empreendimento possui bandeiras com padrões hoteleiros reconhecidod internacionalmente. 

Na compra de uma unidade você passa a ser sócio de um hotel, recebendo seu rendimento mensal (incluindo ai todas receitas do hotel: hospedagem, restaurante, centro de conveções etc...) e com o cartão de sócio deste empreendimento, você terá desconto de 40% em todos hotéis associados a Rede Atlâtica:
Quality, Radison, Confort entre outros

Média de desempenho esperado para  HOTÉIS DA BANDEIRA :
* Lucro por quarto/média mês: 
1o Ano : R$ 1.734 ( expectativa de ocupação 52,59%)
2o Ano : R$ 2.030 (expectativa de ocupação 55,91%)
3o Ano : R$ 2.345 (expectativa de ocupação 61,79%)
4o Ano : R$ 2.999 (expectativa de ocupação 63,64%) 

Além da particularidade dos hotéis administrados por bandeira em Salvador terem excelentes resultados, com ocupação média superior a 70% praticamente durante todo ano, atendendo hospedes de business durante a semana, e hospedes para turismo nos finais de semana e feriados,
Salvador vive uma fase de forte investimentos em hotéis, considerada pelo TRADE o sexto destino para realização de eventos corporativos e congressos na América Latina.
Percebendo isto s JHSF lança o HOTEL QUALITY BELA VISTA e um centro de convenções com três mil lugares.
O turista ou congressista não se hospeda em um hotel pelo hotel em si, mas pelo conjunto de facilidades que ele oferece e as principais delas são: Localização privilegiada, tendo que estar próximo de metrôs, Shoppings, centro de convecções, hospitais, empresas.
O HORTO BELA VISTA é o primeiro e único bairro planejado de Salvador, contemple torres comerciais, Shopping, Centro odonto-médicos, escola e edifícios corporativos (Região com o maior potencial de valorização de Salvador).

Ponte de 12 km vai ligar Salvador à ilha de Itaparica

Construção de R$ 7 bilhões terá 700 m de trecho estaiado e 160 m de extensão móvel para a passagem de grandes embarcações

Mauricio Lima

A capital da Bahia e a ilha de Itaparica serão ligadas por uma ponte de aproximadamente 12 km de extensão. A obra foi projetada pelo consórcio formado pela OAS, Camargo Corrêa e Odebrecht Transport e deve custar R$ 7 bilhões.

Trecho estaiado terá 700 m de extensão

A ponte terá seis faixas de tráfego e duas de acostamento, com 27 m de largura. O trecho estaiado terá 700 m de extensão, 70 m de altura e 25 m de profundidade, permitindo a passagem de grandes embarcações. Esse vão será sustentado por dois mastros de estrutura triangular, seguindo a inclinação dos estais. No topo dos mastros haverá um mirante, que será acessado por bondinhos. Outro trecho importante da ponte é um espaço móvel, por onde a estrutura das vias rodará sobre o próprio eixo para permitir a passagem de volumes maiores, como plataformas de petróleo, por exemplo. Esse trecho deverá ter um vão de 160 m e interromperá o tráfego quando estiver funcionando.
Cada pilar da ponte deverá ter entre 200 e 250 m de distância entre si, para garantir a vista da paisagem da baía. A construção deve ser iniciada em 2014, com conclusão prevista para 2018.

A partir da ponte, será construído o Sistema Viário Oeste, proporcionando a duplicação das BA's 001 e 046, nos trechos entre Bom Despacho, Nazaré e Santo Antônio de Jesus.

Será ainda implantada nova rodovia ligando os municípios de Santo Antônio de Jesus e Castro Alves e, a partir daí, a duplicação da BA-493 até o entroncamento com a BR-116.


Mastros terão mirantes no topo

domingo, 6 de novembro de 2011

Investir em flats volta a ser lucrativo em Brasília

Por Redação BNI
A proximidade de grandes eventos esportivos como a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 faz ressurgir um filão imobiliário em Brasília: o dos flats em sistema de pool. Para quem pode investir entre R$ 100 e R$ 150 mil, a aquisição de um imóvel deste tipo garante rendimentos entre 0,8% e 1% ao mês, desde que o empreendimento seja bem administrado e tenha uma boa localização.
O mercado de flats não é novo: surgiu nos anos 1980, quando a compra era uma alternativa para quem queria investir em imóveis sem estar sujeito à antiga Lei do Inquilinato. A procura, até então, era dividida entre aqueles que queriam obter renda e os compradores de classe média alta - os quais desejavam morar em um espaço que contasse com uma oferta integrada de serviços.
No fim da década seguinte, os corretores prometiam rendimentos mensais de até 1,5% do valor do imóvel, o que poderia garantir ao investidor o retorno de cerca de R$ 1 mil por mês por um investimento de R$ 70 mil em uma unidade de 25 metros quadrados. O número de unidades construídas aumentou consideravelmente nesse período. Porém, a demanda por hospedagem não acompanhou tal ritmo e o mercado entrou em crise.
"Apesar de o sistema ser antigo, ele estava em baixa e, por muito tempo, não foram feitos lançamentos", explica Fabrício Garzon, presidente da imobiliária MGarzon. "No entanto, com o aquecimento do mercado, os flats estão voltando com força e um dos motivos é a aproximação da Copa de 2014".
Segundo o presidente da MGarzon, o melhor investimento agora é nos flats que operam em sistema de pool. Quem opta por um investimento desse tipo geralmente não usa o flat como moradia e, por isso, pode alugá-lo. "O locatário faz um contrato de adesão com a administradora, que coloca essa unidade à disposição de clientes interessados em hospedagem", descreve Fabrício Garzon.
A administradora fica responsável pela ocupação da unidade, pelo recebimento das diárias do hóspede e pela conservação dos apartamentos. No fim do mês, todos os aluguéis são somados, e as despesas com limpeza, trocas de roupas de cama e consertos, abatidas. O lucro é rateado proporcionalmente entre os integrantes do pool.
"Mesmo quando nem todas as unidades são ocupadas o proprietário recebe uma quantia no fim do mês. Além disso, ele não precisa se preocupar com itens como mobília e decoração, que são padronizados", explica Fabrício. O contrato de adesão ao pool tem prazo de vigência mínima entre um e dois anos, mas é renovável automaticamente. Caso queira sair desse esquema, o proprietário deve solicitá-lo com pelo menos 90 dias de antecedência. (com informações de Correio Braziliense)

O Mercado imobiliário da Bahia


Por Armando Avena
O mercado imobiliário na Bahia continua aquecido, embora se verifique uma natural desaceleração por conta da própria desaceleração da economia e da base elevada de comparação, já que o desempenho em 2010 foi extraordinário. Com efeito, entre janeiro e julho de 2010 foram lançadas 7,1 mil unidades habitacionais e vendidas 6,8 mil. Mas a diferença não é tão grande assim, pois em 2011, no mesmo período, foram lançadas 5.152 unidades e vendidas 5.225 mil, com a utilização de parte do estoque acumulado. Ora, apesar da redução, o desempenho é expressivo dado o quadro de incerteza que ronda a economia mundial. Na verdade, a construção civil na Bahia, por conta do déficit habitacional e de outros fatores, ainda tem espaço para crescer, especialmente se focada na classe C.
O PIB do setor  cresceu nos últimos doze meses (julho a julho) 8% contra um incremento de 5,7% na média nacional. Em 2011 o desempenho se reduz, mas, ainda assim, no 2º trimestre de 2012, o PIB da construção Civil na Bahia cresceu 4,8%, contra 2,1% na média nacional. O segmento tem alguns problemas que precisam ser enfrentados, como a escassez de mão-de-obra qualificada, o aumento de custos dos insumos e da mão-de-obra, a conseqüente elevação do preço dos imóveis, dada também pela escassez e  elevação do preço de terrenos, e a dificuldade do poder público de dotar a cidade de infra-estrutura urbana que dê suporte aos novos empreendimentos.
Mas todos esses problemas são contornáveis, especialmente porque o preço dos imóveis em Salvador, embora em crescimento significativo, ainda se mostra inferior ao de outras cidades. É verdade que o mercado mudou e os super-empreendimentos atuais não serão vendidos da noite para o dia, mas as empresas que lançam esse tipo de produto têm cacife para vendê-los ao longo de três anos ou mais. Outros dados que disponho  permitem afirmar que, caso não haja uma crise de grandes proporções, e se mantenha o fluxo de financiamento e o Minha Casa, Minha Vida, o mercado imobiliário da Bahia vai continuar crescendo em 2012. Até porque, em tempo de incertezas, imóvel continua sendo  uma aplicação rentável e segura.

Novos vetores incluem Paralela e Patamares


A demanda atual no segmento residencial é por locais com melhor qualidade de vida, próxima à áreas verdes, serviços e facilidade de locomoção Publicada no dia 28/10/2011 às 09h45 Quanto a novos vetores, a região entre a Paralela e a orla se apresenta como mais promissora. Segundo Pedreira, a demanda atual no segmento residencial é pela moradia em locais com melhor qualidade de vida, tendo nas proximidades áreas verdes, serviços e facilidade de locomoção. “Patamares é o futuro Horto Florestal de Salvador. É uma área com disponibilidade de recursos ambientais, escolas, cursos universitários e uma avenida como a Pinto de Aguiar, que liga a área a duas importantes vias como a Otávio Mangabeira (orla) e a Paralela”, argumentou. Sócrates Abreu, por seu lado, aponta o Jardim Armação como a grande bola da vez do mercado. Na sequência, Patamares e Paralela.

Segundo Abreu, há uma região por detrás de um hipermercado de Armação em que muitos empreendimentos estão sendo erguidos e a procura vem aumentando. A maior proximidade do centro seria outra vantagem sobre Patamares, ocupando o vetor de crescimento que começou na Pituba e enfocou o Costa Azul no período subsequente.“ Já a Luiz Viana Filho (nome oficial da Paralela) é uma área voltada para empreendimentos de alto luxo, como o Alphaville. Quem é que não gostaria de morar próximo de um Parque de Pituaçu, por exemplo”, citou o executivo da Odebrecht.


Fonte: Tribuna da Bahia

sábado, 5 de novembro de 2011

O que os clientes buscam na hora de comprar imóvel?

Tempo de procura do imóvel: Média de seis meses.
O cliente  não se muda para longe de onde está instalado.
Em média, distancia-se 3,2 quilômetros da antiga residência.
§  Consumidores perfil econômico (apto até 250mil) se afastam 3,8 quilômetros.
§  Consumidores perfil mais elevado (apto acima de 500mil), 2,5 quilômetros.


                 Quem são os novos proprietários (por perfil de imóvel)




quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cenário Nacional

A aliança com parceiros locais, que parecia ser um atalho para a expansão das grandes construtoras nacionais, acabou se mostrando um caminho tortuoso, principalmente pela perda de controle dos custos. A recente compra pela Cyrela Brazil Realty da participação da baiana Andrade Mendonça na Cyrela Andrade Mendonça é um exemplo de que a estratégia falhou e o velho provérbio prevaleceu: “o olho do dono é que engoda o boi”.

Segunda maior construtora do país, com vendas de 4,9 bilhões de reais em 2010, a Cyrela Brazil Realty foi a empresa que mais apostou nas parcerias locais. A companhia intensificou a contratação de parceiros, sobretudo em 2007 e 2008, com a missão de expandir os negócios para outras regiões. Sem acompanhamento próximo, 30 de seus 209 canteiros espalhados pelo país custaram até 5% mais que o previsto - e 19 têm mais de seis meses de atraso.

Para reverter o cenário, a construtora anunciou, em abril, a redução das parcerias. Até então, 65% de suas obras estavam nas mãos de construtoras locais. Agora, apenas 30% delas serão terceirizadas. "Com a medida, a rentabilidade deve aumentar", avalia Guilherme Vilazante, analista da Barclays Corretora.

Outras empresas restringiram o perfil dos empreendimentos que lançam. É o que fez a paulista Trisul, com vendas de 816 milhões de reais em 2010. O lucro líquido da empresa recuou 167% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, e ela perdeu mais de 40% do valor de mercado nos últimos 12 meses.

"Não estávamos preparados para atuar na baixa renda", diz Jorge Cury Neto, presidente da Trisul. Hoje, até 60% de seus empreendimentos são dedicados a esse público. Neste ano, dos lançamentos previstos pela companhia - que somam até 300 milhões de reais -, apenas 20% serão destinados à baixa renda, que deve ser extinta do portfólio a partir de 2012. "Vamos voltar a atender o público que conhecemos bem: a média e alta renda paulistana", diz Cury Neto.

Algumas empresas que adiantaram a depuração de seu portfólio já viram os resultados. A PDG, maior construtora do país, reduziu o número de parceiros regionais ao longo de 2010. No primeiro trimestre deste ano, a empresa faturou 1,5 bilhão de reais, 30% mais que o obtido no mesmo período do ano passado. O lucro cresceu no mesmo ritmo.

Analistas acreditam que os resultados no setor devem melhorar até 2012. "A demanda dos compradores permanece, o que ajudará na recuperação", diz Marco Aurélio Barbosa, da corretora Coinvalores. Para ganhar dinheiro nesse contexto, as empresas já aprenderam pelo menos o que não fazer.



(Fonte:  Revista Exame)

sábado, 23 de julho de 2011

Cyrela compra parte da baiana Andrade Mendonça no grupo

Publicada no dia 15/07/2011 às 09h23

A Cyrela Andrade Mendonça Empreendimentos (CYAM) passará a ser Cyrela Nordeste. Isso porque a Cyrela Brazil Realty comprou a participação da baiana Andrade Mendonça na empresa, fundada em 2006 para operar no Nordeste. A decisão foi oficializada anteontem, durante uma reunião em São Paulo, como confirmou o diretor da empresa, Antônio Andrade. A Andrade Mendonça detinha 20% do capital da companhia. “Estrategicamente, essa era a melhor decisão a ser tomada, porque a situação do mercado não é mais a mesma de quatro anos atrás. Foi um processo evolutivo”, ressaltou Andrade, que não quis comentar os valores envolvidos na negociação. O acordo firmado prevê ainda que a Cyrela Nordeste assumirá todas as obras em andamento. (Matéria: Correio*, 15.07.11)
Fonte: Correio